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Como Superar o Fim do Relacionamento Sem Sofrer — Guia Psicanalítico Passo-a-Passo

  • Foto do escritor: ABRAFP
    ABRAFP
  • 9 de nov.
  • 5 min de leitura
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Há términos que não acabam quando a relação termina. Eles continuam dentro da gente — como um eco insistente, um vício emocional que repete as mesmas perguntas: por que ele seguiu tão rápido? por que parece que só eu fiquei preso? O fim de um relacionamento raramente é o fim do sentimento; é, quase sempre, o começo de uma batalha invisível entre o que você sabe e o que ainda sente.


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1. A ferida que o tempo não cura sozinho

Dizem que o tempo cura tudo. Mas quem já passou por um amor que não foi correspondido sabe que o tempo, sozinho, apenas organiza o caos, sem apagá-lo. A ausência do outro não é apenas uma falta — é uma presença invertida: o espaço que ele ocupava em você continua ali, vazio e pulsante.


A mente humana não foi feita para desligar afetos como se fossem interruptores. A dopamina, a oxitocina e a serotonina — os neurotransmissores do vínculo — continuam sendo produzidos quando você vê uma foto, relembra uma conversa ou escuta aquela música. É por isso que, mesmo depois de semanas, o corpo ainda age como se o outro estivesse por perto. A ciência explica. Mas a dor… a dor precisa ser escutada, não explicada.


2. O cérebro não esquece o amor como esquece uma senha

Você pode excluir mensagens, bloquear o número, mudar de cidade. Mas se o laço foi simbólico — se o outro representava algo do que você acredita ser o amor —, o cérebro não o apaga; ele o arquiva. E arquivar não é esquecer.


Freud dizia que o amor é sempre um reencontro. Amamos no outro algo que um dia perdemos. Por isso, quando alguém vai embora, não é só o outro que se perde — é a parte de nós que se sustentava naquele amor. É o espelho que racha. É a identidade que fica sem referência.


É por isso que muitos dizem “ele me destruiu”, quando na verdade o que foi destruído foi a imagem de quem você acreditava ser enquanto era amado.


3. O erro mais comum: tentar esquecer o que precisa ser compreendido


O inconsciente não aceita ordens. Tentar esquecer alguém à força é o mesmo que tentar dormir gritando “durma!”. A repressão do sentimento o transforma em sintoma — e é aí que começam as recaídas, os stalks noturnos, as idealizações tardias.


Você não supera fugindo do que sente. Supera compreendendo por que ainda sente.

O amor não correspondido é o território onde o ego e o desejo travam guerra. O ego quer se sentir valorizado, enquanto o desejo insiste em repetir o que lhe falta. O ex, nesse cenário, é apenas o nome que o inconsciente dá ao que ficou sem resolução.


Cansado de se culpar e reviver o mesmo ciclo?



4. Você não sente falta dele — sente falta de quem era ao ser amado

Na psicanálise, chamamos isso de ferida narcísica: o sofrimento não nasce apenas da perda do outro, mas da perda do reflexo que o outro nos devolvia. É o vazio do espelho.


Quando ele te olhava e você se sentia desejada, viva, escolhida — o amor parecia uma confirmação de valor. E, de repente, quando ele se foi, você não perdeu só o amor; perdeu também o lugar de existir através do olhar dele.


Essa é a armadilha: achar que a dor é falta de amor, quando muitas vezes é apenas falta de si. Você se tornou refém de uma imagem: a de quem era enquanto era amada.

Por isso, superar não é esquecer. É reconstruir o espelho. É voltar a se ver inteira sem precisar do reflexo de ninguém.


5. A cura não é vingança — é liberdade

Existe um tipo de vingança que é pura armadilha: tentar provar que você está bem para ele ver. Mas quem vive tentando provar ainda está preso.


A verdadeira libertação acontece quando o outro deixa de ser o centro da narrativa — e você passa a existir para além da dor. Superar é entender que não foi ele que te deixou incompleta; foi você que depositou nele o poder de te completar.


A psicanálise chama isso de “transferência de ideal”. Amamos no outro aquilo que gostaríamos de ser. E quando ele vai embora, é o ideal que desmorona — não o amor. O que cura, portanto, não é “se vingar”, mas se reencontrar.


6. Passo-a-passo para começar a se libertar

Superar um ex não é um ato, é um processo. E esse processo começa com escolhas pequenas, mas consistentes.


1. O silêncio como escudo

O contato alimenta o vínculo. Cada mensagem é uma recaída emocional. O silêncio não é orgulho: é cura.


2. O bloqueio terapêutico

Bloquear não é imaturidade — é maturidade emocional. É reconhecer que, para seguir, você precisa fechar a janela por onde o inconsciente espiava o passado.


3. Substituir obsessão por criação

A energia que você gastava tentando entender o outro deve ser redirecionada para criar algo novo: arte, rotina, propósito, estudo, corpo, espiritualidade. Nada cura mais rápido do que produzir sentido.


4. Ler e refletir

A leitura é o espaço simbólico onde o inconsciente encontra tradução. Um bom livro pode funcionar como sessão: não porque te dá respostas, mas porque te faz as perguntas certas.



7. A verdade incômoda: ele seguiu, mas isso não significa que venceu

Muitos acreditam que o primeiro a seguir “venceu”. Mas isso é ilusão de ego. Quem pula rapidamente para outro relacionamento, sem elaborar o luto, apenas mascara o vazio com novidade. A mente humana é perita em distrações emocionais — mas o inconsciente sempre cobra a conta.


Enquanto você sofre, elabora. Enquanto ele disfarça, repete. A cura verdadeira é lenta, mas duradoura.


8. A psicanálise do amor que volta para si

Freud dizia que a civilização nos cobra o preço da renúncia. No amor, esse preço é aprender a se bastar sem o olhar que nos confirmava.


Superar, nesse sentido, não é o fim de uma história — é o início da sua individuação. É a passagem da dependência para a autonomia afetiva. É quando o sujeito deixa de buscar no outro a validação de existir, e começa a ser autor de si mesmo.


E, quando isso acontece, o ex deixa de ser um fantasma — torna-se apenas uma lembrança.



9. O recomeço: amar de novo, mas de outro lugar

Você vai amar novamente. Mas, se fizer o trabalho interno, vai amar de outro modo. Não mais para preencher, mas para compartilhar. Não mais por medo da solidão, mas por prazer da presença.


Esse é o sentido de amadurecer emocionalmente: amar com consciência, sem se perder no outro.


10. Conclusão: quando você se escolhe, o ex deixa de ter poder

Chega um momento em que você para de se perguntar “por que ele não me quis?” e começa a se perguntar “por que eu precisei tanto ser querido?”. É aí que começa a cura.

O ex não é o problema — ele foi apenas o espelho onde você viu a si mesmo pela primeira vez. Agora é hora de se ver sem reflexo.


Este é o momento de se libertar — de verdade.

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Depoimentos dos Psicanalistas
Formados pela ABRAFP

Depoimento dos alunos

Marcelo da Costa

Psicanalista

Gostaria de expressar minha imensa gratidão à ABRAFP e à sua equipe excepcional, especialmente ao professor Diovane Avelino Souza, à psicanalista Andrea Machado Coutinho e à Ariana Morgado pelo seu dinamismo e dedicação.

A minha formação como psicanalista pela ABRAFP foi uma experiência enriquecedora que guardarei para sempre na memória. A instituição se destaca por ser comprometida em tempo integral com a formação dos seus alunos e oferecer um atendimento eficiente, respondendo às dúvidas e necessidades de forma ágil.

 

Além disso, a plataforma de ensino a distância oferecida pela ABRAFP é excepcional, permitindo aos alunos navegarem com precisão e flexibilidade, permitindo que cumpram todas as etapas necessárias para a sua formação e concluam seus trabalhos de forma eficiente.

Não posso deixar de mencionar a minha admiração pelo trabalho inspirador realizado pela ABRAFP e sua equipe especial. Estou profundamente agradecido pela oportunidade de fazer parte desta instituição excepcional.

Depoimento dos alunos

Érica Pires Conde

Psicanalista

A minha formação como psicanalista na ABRAFP foi uma experiência incrível e essencial para a minha carreira. A matriz curricular da instituição permitiu-me ter múltiplos olhares e estudar as teorias de grandes nomes da psicanálise, como Freud, Lacan, Winnicott, Melaine Klein, bem como as de psicanalistas contemporâneos.

Durante a minha formação, fui acompanhada por tutores experientes, que me avaliaram em dois momentos importantes: na análise pessoal e na supervisão. Na última etapa, percebi a importância do tutor em orientar os meus passos no setting proposto e avaliar o meu desempenho nas sessões.

A comunicação com a equipe ABRAFP foi excelente. Destaco a excelência dos serviços prestados pela psicanalista Ariana Morgado e pelo psicólogo e psicanalista Fabrício Leão Paes, que foram fundamentais para o meu aprendizado e desenvolvimento pessoal e profissional.

Em resumo, sou profundamente grato à ABRAFP por ter me proporcionado uma formação tão completa e enriquecedora. Sem dúvida, esta experiência será valiosa ao longo de toda a minha vida profissional.

Endereços da ABRAFP

A ABRAFP está localizada na Avenida Paulista, número 171, 4º andar, bairro Bela Vista, em São Paulo, CEP 01310-000. Este endereço é exclusivamente destinado ao recebimento de correspondências e para questões fiscais, seja por entrega pessoal ou envio via correios. Para facilitar a comunicação e atender às suas necessidades, oferecemos os seguintes números de WhatsApp:

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Estado: São Paulo
CNPJ: 52.692.578/0001-50: Para informações sobre matrículas no polo de Ribeirão Preto, localizado na Rua Paschoal Bardaro, nº 1516, Bairro Jardim Botânico, CEP 14021-655, em São Paulo, contate-nos via WhatsApp: +55 (16) 99465-8046

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Para informações sobre matrículas no polo de Belo Horizonte, localizado na Rua Carijós, nº 424, Bairro Centro, CEP 30120-901, em Minas Gerais, contate-nos via WhatsApp: +55 (31) 3157-0832

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