Associação Brasileira de Filosofia e Psicanálise
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Dentre as diversas metodologias utilizadas no processo de formação em psicanálise, a videoaula não é vista como uma estratégia efetiva e adequada para a transmissão do conhecimento psicanalítico. Segundo a tradição psicanalítica, o conhecimento psicanalítico é adquirido por meio da experiência e do estudo sistemático, que inclui a leitura das obras dos autores clássicos da psicanálise, como Sigmund Freud, Jacques Lacan e Melanie Klein, e a análise pessoal e estágio supervisionado de casos clínicos.

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A formação em Psicanálise é um processo complexo que exige um conjunto de habilidades e conhecimentos específicos. A teoria e a técnica psicanalíticas são fundamentais para o exercício da prática clínica e exigem uma abordagem cuidadosa e individualizada na formação do psicanalista. Nesse sentido, as videoaulas não são consideradas uma estratégia adequada para a transmissão do conhecimento psicanalítico.

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Isso porque, a psicanálise é uma prática que se baseia em uma relação interpessoal complexa e dinâmica entre o analista e o paciente, a qual é mediada pela transferência e contratransferência. Essa relação só pode ser compreendida e trabalhada adequadamente a partir de uma análise minuciosa do material clínico e de uma interação constante entre o analista e o paciente. Além disso, a formação em psicanálise requer um ambiente propício para a reflexão e a elaboração dos conceitos, bem como a supervisão clínica e o diálogo interpessoal.

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A falta de interação e de troca de experiências entre os alunos e os professores é outra limitação das videoaulas na formação em psicanálise. Como aponta Winnicott (1971), a experiência real é fundamental para o desenvolvimento da prática psicanalítica e para a construção de uma identidade profissional. A supervisão clínica, por sua vez, é um aspecto crucial na formação do psicanalista, permitindo o aprimoramento das habilidades clínicas, a compreensão da teoria psicanalítica e a reflexão sobre o processo terapêutico (Lacan, 1953/1988; Waska, 2016).

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Assim, a formação em Psicanálise é um processo que requer um ambiente propício para a reflexão e a elaboração dos conceitos, bem como uma abordagem individualizada e um diálogo constante entre os analistas e os pacientes. As videoaulas, por sua vez, não permitem a interação e a troca de experiências entre os alunos e os professores, o que é fundamental para o desenvolvimento da prática psicanalítica. Dessa forma, é fundamental que as instituições formadoras em Psicanálise ofereçam estratégias mais adequadas para a transmissão do conhecimento psicanalítico, como a leitura das teorias, a análise de casos clínicos e a supervisão clínica.

Se você está buscando uma formação em psicanálise que vá além das videoaulas e que te proporcione um ambiente adequado para a reflexão e elaboração dos conceitos, a ABRAFP é o lugar certo para você. Nossa formação é composta por leituras dirigidas, análise de filmes, documentários e estudo de casos clínicos, conduzidos por dois psicanalistas orientadores que te darão todo o suporte necessário para o seu desenvolvimento como psicanalista. Sabemos que a psicanálise é uma prática complexa e subjetiva, que requer um processo de formação individualizado e um diálogo constante entre o analista e o paciente. Por isso, nossos psicanalistas orientadores estão disponíveis para a supervisão clínica e o diálogo interpessoal, que são fundamentais para o seu processo de aprendizagem. Venha fazer parte da nossa comunidade e vivenciar uma formação em psicanálise completa e enriquecedora. Clique aqui para informações sobre o curso de psicanálise.

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Referências:

Lacan, J. (1988). O seminário: livro 1: os escritos técnicos de Freud (1953). Rio de Janeiro: Zahar.

Waska, R. T. (2016). Supervisão em Psicanálise. Rio de Janeiro: Appris.

Winnicott, D. W. (1971). Playing and reality. New York: Basic Books.

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Agradecemos aos leitores pela atenção e interesse no assunto.

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